25 de fev. de 2013

Possibilidades TERAPÊUTICAS do QIGONG


A sociedade brasileira tem demonstrado constante crescimento do interesse por serviços “alternativos” ou “holísticos” de atenção à saúde. É um viés que vem desde os anos 70, quando chegou por aqui o movimento de contracultura, que explodiu nos anos 60 na Europa e nos EUA.

Atualmente vivemos uma dupla crise: Na saúde, porquanto as políticas empresariais dos grandes laboratórios internacionais não contemplam, por exemplo, a busca de soluções para doenças tropicais – o que faz de endemias como a malária um mal anacrônico – e, embora não haja crise no modelo de produção de tecnologias, estas são cada vez mais caras e atendem a poucos privilegiados. Além disso, a economia global passa por grave crise, em que diversas populações (Grécia, Portugal) vêem seus direitos à saúde seqüestrados em nome de “políticas de austeridade” que visam defender os interesses do capital financeiro internacional. Com a deterioração das condições de emprego, trabalho e habitação, caem os indicadores de saúde das populações afetadas.

Esses dados somam-se à crise na medicina, com a percepção generalizada de que os medicamentos “consertam um lado e estragam o outro” (iatrogenia), o desgaste da relação médico-paciente e a falência do serviço público de saúde, com médicos assoberbados, mal-pagos e de formação precária, e criam forte demanda social por novas formas de cuidado.

Dentre as terapias mais procuradas estão as que pertencem à racionalidade médica chinesa: acupuntura, shiatsu, fitoterapia chinesa e práticas chinesas para a saúde, com destaque para o t’ai chi ch’uan.

Mais recentemente, começa a ganhar força a prática de “tch’i k’ung” (qigong)., frequentemente assemelhado a uma “yoga chinesa”. Significando literalmente “trabalho do sopro vital”, esse termo cunhado em 1949 abrange um conjunto heterogêneo de práticas de saúde, arte marcial e meditação.

As formas de tch’i k’ung para a saúde são incontáveis, indo desde exercícios para fortalecer o corpo de modo geral até práticas altamente específicas como “tch’i k’ung para a vista cansada”. Na China a arte de tratar os outros com tch’i k’ung se chama “waiqi liaofa”, significando “método de tratamento pela emissão do tch’i”, onde é uma especialização da faculdade de medicina chinesa. Em 1987 Walter Moreira Salles a apresentou ao Brasil no documentário “China, Império do Centro”. 
Nessa modalidade, o terapeuta gesticula em direção ao paciente, emitindo o tch’i pelas mãos e estimulando os pontos e canais no corpo do outro. Restaurando o livre fluxo do tch’i, muito rapidamente obtém-se o alívio da dor e a liberação do movimento, entre outros efeitos terapêuticos.

Somando esse conhecimento às estratégias terapêuticas da acupuntura japonesa de Nagano, desenvolvi ao longo de cinco anos de estudo cotidiano e teste na clínica o “Alinhamento Vital”, uma forma de tch’i k’ung terapêutico indicado para pessoas com dores ou sintomas de desconforto e disfunção, crônicos ou agudos, tais como dores localizadas, dores de cabeça, náuseas, desconforto digestivo e azia, fadiga, dificuldade para movimentar partes do corpo (para flexionar as pernas, erguer os braços, torcicolos) etc, especialmente quando tais sintomas se devem ao bloqueio do tch’i.

O Alinhamento Vital é um tratamento muito rápido, não-invasivo, indolor e sem efeitos colaterais, respaldado por mais de dois mil anos de clínica médica. É uma contribuição relevante para a saúde pública, que alia custo operacional ínfimo a alta resolutividade.

17 de fev. de 2013

SOCIEDADE BRASILEIRA de ACUPUNTURA TRADICIONAL

Prezados Colegas Acupunturistas,
Na sexta feira próxima, dia 22 de fevereiro, a partir de 19 horas, nas dependencias da ENAc- Escola Nacional de Acupuntura, estaremos realizando uma reunião da SBAT - Sociedade Brasileira de Acupuntura Tradicional.
Visando dar continuidade a essa Sociedade, e no intuito de promover ações que possibilitem o atingimento de seus objetivos, descritos abaixo, de preservação de nossa profissão, convidamos os associados e todos aqueles que de alguma forma estejam envolvidos, ou tenham interesse em dar continuidade a esse causa.

A SBAT tem como objetivo :
I. Estimular o progresso da pesquisa, estudo e do desenvolvimento profissional da Acupuntura Tradicional em todos os Estados da Federação;
II. Congregar e estimular os profissionais em todos os seus níveis e modalidades de formação profissional e acadêmica;
III. Congregar e estimular escolas, associações, entidades representativas, sindicatos e demais instituições congêneres relacionadas com os estudos e práticas da Acupuntura Tradicional;
IV. Incentivar o estudo e a pesquisa científica nas áreas da Acupuntura Tradicional;
V. Realizar periodicamente reuniões científicas, objetivando a aproximação entre os profissionais brasileiros, membros ou não da Sociedade e o intercâmbio de informações científicas entre os mesmos;
VI. Manter intercâmbio com entidades, órgãos e instituições nacionais, bem como com profissionais e associações congêneres dos países estrangeiros;
VII. Fazer publicar livros, folhetos e revistas especializadas destinadas a profissionais e leigos, valendo-se para tanto de parque gráfico de terceiros;
VIII. Cooperar com os Poderes Públicos, sugerindo-lhes medidas adequadas à regulação e formação profissional e à proteção da saúde pública no campo do exercício da Acupuntura Tradicional;
IX. Opinar, sempre que solicitada, sobre todas as questões que interessam à Acupuntura Tradicional, sua utilização e seu desenvolvimento;
X. Difundir conhecimentos sobre a Acupuntura Tradicional;
XI. Desenvolver programas de educação continuada que contribuam à promoção e divulgação junto aos profissionais e à população acerca dos aspectos relativos à Acupuntura Tradicional e esclarecendo quanto às possibilidades de prevenção e tratamento;
XII. Promover cursos de capacitação e atualização de profissionais acupunturistas a fim de proporcionar um melhor treinamento e orientações aos profissionais em território nacional;
XIII. Prestar serviços comunitários e outras atividades de caráter filantrópico com base nos recursos da Acupuntura Tradicional visando a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos.